Escrito por: CUT MT com assessoria SINTEP/MT
A categoria fará paralisação de advertência no dia 24 de abril
Assembleia Geral do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Groso, nesta segunda-feira (25.03), nas Escola Estadual Professor Nilo Póvoas, em Cuiabá, deliberou por indicativo de greve para o dia 20 de Maio, com paralisação de um dia em 24 de abril, num manifesto contra o desmonte da Educação Pública no país e em Mato Grosso. Durante duas horas discursos inflamados dos trabalhadores e trabalhadoras da educação ficou registrado o descontentamento da categoria com as práticas implementadas pela gestão Mauro Mendes.
O número insuficiente de profissionais nas escolas, os recorrentes atrasos de repasses da merenda dos estudantes, as portarias que desconstroem a organização escolar, promovendo redução de matrículas, a falta de infraestrutura dos prédios e o calote na Lei da RGA de 2018, são pólvora para a indignação dos trabalhadores. Contudo, a maioria definiu por aguardar o cumprimento da campanha salarial, na data-base – Maio – para concretizar uma mobilização coesa, caso o governo não cumpra a Lei 510/21013. O objetivo é trazer para a luta aqueles e aquelas arrependidos do voto dado ao governador Mauro Mendes.
O balanço relatado pelos dirigentes regionais durante o Conselho de Representantes do Sintep/MT, dias 23 e 24 de março, e reforçado nas manifestações na Assembleia sinalizaram que o cenário, apesar de favorável, ainda não estava forte o suficiente para consolidar uma greve unificada. “Iremos fazer uma paralisação de advertência no dia 24 de abril, para dizer ao governo que não aceitamos a retirada de direitos tampouco a forma como vem tratando a Educação aqui no estado de Mato Grosso”, concluiu o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.
Na avaliação da vice presidente da CUT-MT e dirigente do Sintep-MT, Maria Celma de Oliveira, a Greve dos Trabalhadores da Educação vai de encontro com a Greve Nacioal. O Governo Mendes segue a linha do governo de Jair Bolsonaro (PSL) que mantem a austeridade fiscal da Emenda Constitucional 95 (PEC do Teto), que congela por 20 anos os investimentos públicos e a aprofunda o desmonte das estatais e o papel do Estado. A medida recai sobre os trabalhadores, os servidores e os serviços públicos e, especialmente, em áreas essenciais à população brasileira como a Educação e Saúde.
"A principal tarefa desses governos que representam os interesses do mercado financeiro é dar continuidade à redução dos direitos trabalhistas e sociais. A meta dos governos de Mendes e de Bolsonaro é cortar a renda do trabalhador e do aposentado e aumentar o lucro dos patrões", afirma a dirigente da CUT MT.
CUT/MT com informações do Sintep-MT