Escrito por: CUT-MT

CECUT enfatiza as sequelas do golpe e suas cicatrizes no futuro do jovem trabalhador

A Reforma do Ensino Médio e a Reforma da Previdência foram citações feitas para destacar o abandono com as perspectivas para vida laboral dos estudantes brasileiros

CUT-MT/Francisco Alves

A 13ª edição do CECUT-MT trouxe à tona as consequências do golpe e o impacto negativo que deixou nas perspectivas para o futuro dos jovens no mercado de trabalho. O segundo dia do Congresso, realizado em Cuiabá, iniciou com a leitura do Regimento, seguida por um debate coordenado por Maria Celma Oliveira, vice-presidente da CUT-MT, sobre “Os desafios enfrentados pela educação pública como principal formadora de mão de obra, diante do fortalecimento e organização dos sindicatos cutistas dos trabalhadores e futuros trabalhadores”.

CUT-MT/Francisco AlvesRodrigo Lopes Brito, vice-presidente do Diap-Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar

O palestrante convidado Rodrigo Lopes Brito, vice-presidente do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), ressaltou que as mudanças legislativas do golpe deixaram “cicatrizes na juventude”. Ele explicou que “a falta de uma política de educação adequada e um mercado de trabalho precário resultaram em um futuro sem perspectivas dignas para os jovens”.

Dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), apresentados por Rodrigo, mostram o desalento dos 28% da população jovem, entre 15 e 29 anos, dos quais 54% estão fora das escolas e do mercado de trabalho. “Muitos abandonam a escola em busca de trabalho, mas não encontram oportunidades”, relata Rodrigo Brito.
Guelda Andrade, secretária de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e secretária geral da CUT-MT, destacou os prejuízos trazidos pela contra reforma do ensino médio, a necessidade de articulação para garantia do novo PNE que seja capaz de garantir educação pública e gratuita para à população que mais precisa. Ela apresentou dados apontando que 70 milhões de pessoas estão de fora da escola. 26% de jovens na faixa etária de 18 a 25 anos estão fora da escola e do mercado de trabalho.

Guelda enfatizou que mudar esse cenário requer mobilização e construção coletiva nos debates, envolvendo os municípios, para avançar no Plano Nacional de Educação. “Para alcançar esse objetivo, é fundamental garantir o financiamento da educação, que atualmente é uma questão em disputa”.

CUT-MT/Francisco AlvesGuelda Andrade, secretária-Geral da CUT-MT

Conforme Guelda, “a discussão e debate sobre o papel da educação e a busca por uma política pública sólida, gratuita e desmilitarizada são urgentes”. O debate reforçou a importância de se organizar e enfrentar os desafios que se apresentam, mesmo com a vitória de Lula no executivo, pois avanços nas três frentes de poder (executivo, legislativo e judiciário) são necessários para transformar a sociedade. “A mobilização e o engajamento de todos são cruciais para alcançar uma educação inclusiva e de qualidade que beneficie a juventude brasileira e a sociedade como um todo”, concluiu.

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CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO 13 CECUT-MT

Dia 22/7 Sábado.
Vespertino.


14h13min. – Painel 2 – O protagonismo político da CUT no cenário nacional, os desafios. organizacionais e a soberania brasileira.
Palestrante: Profº. Esp. Gilmar Soares Ferreira (Sintep-MT).
Coordenação: (CUT-MT).
16h – Grupo de Trabalho – Plano de Lutas da CUT-MT.
Debater o que é tático, e estratégico para a Organização Sindical em Mato Grosso e o Fortalecimento da CUT-MT no interior do Estado.
18h– Encerramento.
18h13min. – Happy Hour.


Dia 23/7 Domingo.
Matutino.


8h45m.: Plenária final.
Coordenação: Henrique Lopes do Nascimento (Presidente da CUT-MT).
Maria Celma de Oliveira (Vice-Presidenta da CUT-MT).
Guelda Andrade (Secretária Geral da CUT-MT).
9h às 10h30min.: Inscrição de Chapa.
12h – Posse da nova Direção da CUT-MT.
12h13min.: Encerramento.
12h30min.: Almoço.