Escrito por: CUT-MT
O novo paradigma do trabalho na era digital apresenta ainda para os sindicatos a luta por direitos diante da terceirização e uberização da rotina profissional
Nos anos 70, ocorreu uma importante união entre os trabalhadores que resultou na fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), tornando-se a maior central sindical da América Latina. Esse marco histórico foi essencial para consolidar Luiz Inácio Lula da Silva como líder e representante da classe trabalhadora. No entanto, após quatro décadas, a CUT enfrenta um novo desafio: conquistar o engajamento da juventude nos sindicatos de base e formar novas lideranças.
CUT-MT/Francisco AlvesEssa análise foi apresentada pelo sindicalista e educador Gilmar Soares durante o segundo painel, intitulado "O protagonismo político da CUT no cenário nacional, os desafios organizacionais e a soberania brasileira", realizado em 22 de julho dentro da programação do 13º CECUT. Durante a explanação, ele destacou a importância de formar uma nova geração de líderes para romper com o cenário político fortemente conservador.
Segundo Gilmar, estamos vivendo na era da 4ª revolução industrial, também conhecida como revolução digital. "Precisamos preparar a juventude para o que está por vir. O grande desafio é envolver os jovens, que muitas vezes estão imersos no submundo da internet, no militarismo ou no fundamentalismo, e que se mostram alheios às notícias, para que eles se engajem ativamente no sindicato, pois serão as lideranças do futuro."
Além disso, destacou que o movimento sindical cutista tem o desafio de se aproximar das pessoas que trabalham tanto na informalidade quanto com carteira assinada, garantindo que sejam adequadamente representadas. "Devemos mostrar que o movimento sindical tem o poder de conquistar direitos e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores."
CUT-MT/Francisco AlvesA vice-presidente da CUT-MT, Maria Celma Oliveira, acompanhou os painéis de debates e ressaltou a importância da Educação e da escola na reflexão dos jovens sobre seu papel na sociedade. "À medida que os estudantes desenvolvem o espírito crítico, compreendem-se como classe trabalhadora e atuam nas defesas de políticas públicas e sociais, para além da atuação no mercado de trabalho”, afirmou.
Após a palestra, os delegados e delegadas do 13º CECUT se reuniram em grupos de trabalho para debater os planos de luta que serão votados na plenária do domingo (23/07) e encaminhados para o debate nacional do 14º CONCUT, programado para outubro de 2023.
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CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO 13 CECUT-MT
Dia 23/7 Domingo.
Matutino.
8h45m.: Plenária final.
Coordenação: Henrique Lopes do Nascimento (Presidente da CUT-MT).
Maria Celma de Oliveira (Vice-Presidenta da CUT-MT).
Guelda Andrade (Secretária Geral da CUT-MT).
9h às 10h30min.: Inscrição de Chapa.
12h – Posse da nova Direção da CUT-MT.
12h13min.: Encerramento.
12h30min.: Almoço.