Além da capital Cuiabá, cidades como Barra do Garças, Rondonópolis, Tangará da Serra e Juína também registraram manifestações no último sábado (24), pedindo o fim do governo Bolsonaro. Os protestos fazem parte da agenda nacional de mobilizações que lutam pelo impeachment de Jair Bolsonaro e por políticas sociais e de saúde que funcionem, de fato, diante da pandemia.
Em Cuiabá, pela manhã, uma carreata que seguiu pelas principais avenidas da capital reuniu cerca de 300 veículos. No período da tarde, os manifestantes se reuniram na Praça Alencastro, região central, onde houve diversas intervenções artísticas, falas de protesto e ao final, uma passeata com cartazes e faixas de protesto.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso (CUT-MT), Henrique Lopes, destaca que a política de bolsonaro promove a fome. Ele ressaltou que, no estado que figura como o campeão nacional na produção de grãos, com um dos maiores rebanhos bovinos no mundo, é revoltante que seja notícia nacional por ter fila de pessoas para receber doação de ossos em açougues. “Mato Grosso é o celeiro do mundo na produção de alimentos, no entanto, a população padece e muitos, que estão sofrendo com a insegurança alimentar por não ter apoio do governo, precisam depender de doação de restos de comida. Esse cenário não é exclusivo de Mato Grosso e é fruto de uma política elitista, que governa em prol dos empresários, que desampara o trabalhador, que negligencia a pandemia desacreditando da ciência”, criticou Henrique.
O sindicalista ainda ressalta que “somente indo para as ruas, com a classe trabalhadora mobilizada, é que será possível mudar esse quadro caótico”. “Nós estamos nas ruas para pedir o impeachment desse governo. Para além disso, temos nossa atenção também para o ano que vem, que é ano eleitoral, e onde o presidente já sinalizou um possível golpe usando como desculpa o voto impresso. Nós da classe trabalhadora desse país, mais do que nunca, estamos mobilizados para defender a democracia e por isso, não vamos nos intimidar com esse governo que por pura ignorância, é responsável pela morte de mais 500 mil brasileiros”, disse.
As manifestações em Mato Grosso contaram com a participação de diversas organizações sindicais e associações como as Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e ao Fórum das Centrais Sindicais. Além do fim do governo Bolsonaro, também integraram a pauta de reivindicações, o auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores em situação de vulnerabilidade até o fim da pandemia e vacina para todos e todas. “Temos visto nos jornais a divulgação de esquemas e negociatas na compra de vacinas. A corrupção está entranhada no governo Bolsonaro, jogando com a vida das pessoas e enquanto isso a população sofre sem a imunização, com o número de mortos aumentando a cada dia”, lamentou o presidente da CUT-MT.
Fonte: Assessoria/CUT-MT.