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Com greve e salários cortados, trabalhadores da educação pedem dinheiro na rua

O governo cortou salários dos trabalhadores e trabalhadoras da educação,que reivindicam a equiparação salarial dos educadores com as demais carreiras do executivo, previsto em Lei de 2013

Publicado: 03 Julho, 2019 - 14h57 | Última modificação: 04 Julho, 2019 - 14h07

Escrito por: Silva Marques

CUT MT
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Em greve há 40 dias, os trabalhadores e as trabalhadoras da educação no Mato Grosso, ao lado dos venezuelanos e brasileiros desempregados, ficaram, na manhã desta quarta-feira (03), nos semáforos da Avenida Prainha com a Avenida Isaac Povoas, em frente a Praça Ipiranga, abordando os condutores de veículos e pedestres que circulavam no Centro de Cuiabá.

O objetivo era, de forma solidária, arrecadar dinheiro para ajudar os profissionais que não  receberão os salários em julho, conforme a decisão arbitrária do governo do Estado de cortar os salários dos profissionais que reivindicam o cumprimento da Lei 510/2013, que assegura até 2023 o direito a equiparação salarial dos educadores com as demais carreiras do executivo, com o mesmo nível de formação.

A decisão de permanecer em greve e intensificar a mobilização foi deliberada na Assembleia Geral da categoria realizada no inicio da semana. Os trabalhadores e as trabalhadoras da educação do estado vão fazer panfletagem em feiras e praças, além de promoveram aula cidadã em frente ao Palácio Paiaguás e acampamento na Assembleia Legislativa do estado até domingo.

De acordo com o secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Gilmar Soares, o objetivo da pressão na assembleia é de cobrar dos deputados estaduais a necessária intermediação para resolução do impasse criado pelo executivo ao descumprir a Lei e alertar à sociedade para a falta de responsabilidade do governo Mauro Mendes. “Que desrespeita os profissionais da educação, bem como os estudantes e toda a política construída na defesa da Educação Pública, Gratuita e de qualidade”, afirmou o dirigente, que completou. “A truculência do governador, que tenta coibir a luta por direitos através da imposição e penalizações aos profissionais e ao Sindicato, agrava ainda mais a indignação da categoria”, avalia.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso, João Luiz Dourado, conclama todos os sindicatos e a população para reforçar a luta dos professores e funcionários da rede estadual de educação.

“Precisamos manifestar apoio à essa categoria forte que enfrenta esse governo que não tem compromisso com a educação, nem com a saúde e nem com a segurança. É um governo irresponsável com as políticas públicas e com os direitos sociais da população mato-grossense”, afirma o presidente da CUT MT .