CUT-MT: 33 anos de história de lutas, resistência e conquistas para os trabalhadores
Importante ressaltar que nesta data, também celebram-se os 38 anos de fundação da nossa entidade-mãe, a CUT nacional.
Publicado: 28 Agosto, 2021 - 14h21 | Última modificação: 28 Agosto, 2021 - 14h28
Escrito por: Assessoria/CUT-MT.

Hoje, 28 de agosto de 2021, celebramos toda a luta que milhares de companheiros e companheiras já travaram em duras batalhas contra um sistema que oprime o mais pobre e que usurpa de sua mão-de-obra de maneira exploratória e muitas vezes inescrupulosa. Nestes 33 anos de sua fundação, a Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso (CUT-MT), acumula em sua história, importantes conquistas no que tange à defesa pelos direitos e dignidade da Classe Trabalhadora.
Nestes 33 anos de existência da CUT Mato Grosso, não podemos deixar de mencionar esses trabalhadores que não se furtaram de ir às ruas, de fazer os enfrentamentos, resistir em árduas greves e de somar em unidade a um mesmo propósito, sempre que convocados por esta Central. Essas conquistas são frutos do esforço, do senso de justiça, de cada um e cada uma.
Importante ressaltar que nesta data, também celebram-se os 38 anos de fundação da nossa entidade-mãe, a CUT nacional. Fundada em 1983, em plena ditadura militar, a CUT ajudou a escrever a história da redemocratização do Brasil e da luta pela emancipação da classe trabalhadora brasileira. Ao longo desses 38 anos, a Central foi fundamental para a elaboração de importantes políticas de proteção aos trabalhadores.
Não posso deixar de mencionar aqui, a relevância dos movimentos sindicais na busca por uma sociedade mais justa e democrática, de fato. Ao final do século XIX, essas organizações obtiveram reconhecimento institucional nos principais países industrializados. Desde então, têm exercido papel fundamental na organização da classe trabalhadora para a luta por uma sociedade que ofereça dignidade às populações de todas as camadas, pressionando pela ampliação dos limites dos direitos individuais e coletivos ainda hoje estreitos em muitos países, entre os quais o Brasil.
Um dos marcos do reconhecimento da importância das organizações sindicais ocorreu em 1919, logo após a 1ª Guerra Mundial, com a criação da Liga das Nações, entidade tripartite que deu origem à Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nos documentos e convenções da OIT, são reconhecidos o direito de sindicalização, o direito de negociação coletiva e o direito de greve, instrumentos de afirmação dos interesses dos trabalhadores e do poder sindical. Também a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, reconhece esse direito fundamental no Artigo 23, que estabelece: “Toda pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses”.
Essas resoluções são fruto da ação organizada dos trabalhadores nessa busca por avanços sociais, entre os quais se destaca a redução gradual da jornada de trabalho, de um total de até 16 horas, no século XVIII, para as atuais 8 horas ou menos, na maioria dos países.
Nos tempos de hoje, no entanto, é preciso que todos nós, trabalhadores e trabalhadoras, estejamos atentos aos ataques ainda mais acentuados, praticados através de um plano de destruição dos serviços públicos, pela degradação das relações de trabalho na iniciativa privada, comandado pelo atual presidente da república, Jair Bolsonaro. Nossas defesas precisam ser ainda mais combativas, uma vez que o projeto de governo de Bolsonaro flerta abertamente com a ditatura e ameaça deliberadamente a democracia e as liberdades coletivas e individuais.
Somos resistência, companheiros. Mas não uma resistência passiva, sigamos rumo a uma sociedade mais justa e igualitária. Somos Autônomos, Classistas e de Luta! Parabéns a vocês que fazem parte da história da CUT Mato Grosso!
Henrique Lopes – Sindicalista, Presidente da CUT-MT.