CUT-MT marca o Dia do Servidor com ato contra o desmonte dos Serviços Público
Reforma Administrativa de Bolsonaro quer transferir os serviços públicos para a iniciativa privada e precarizar as condições de trabalho dos servidores
Publicado: 28 Outubro, 2022 - 21h33 | Última modificação: 28 Outubro, 2022 - 22h07
Escrito por: CUT-MT | Editado por: CUT-MT
No dia do Servidor Público (28/10), os trabalhadores das redes federal, estadual e municipal foram às ruas da capital de Mato Grosso para alertar à população sobre a ameaça do fim dos serviços públicos, apresentada com a Reforma Administrativa (PEC 32), do governo Bolsonaro. A mobilização, chamada pela Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT), na Praça Ipiranga, centro de Cuiabá, alertou sobre os perigos do Projeto de Emenda Constitucional nº 32, além de fazer a defesa pela democracia com voto em Lula no próximo domingo (30).
Para o presidente da CUT-MT, Henrique Lopes, as mobilizações terão que ser intensificadas, porque a partir de fevereiro a população terá um Congresso ainda mais reacionário. “Os direitos que os trabalhadores conquistaram até hoje foram na rua, não vejo outra saída se não retornar para as ruas. A correlação de forças não está totalmente favorável, mas aqueles que já escolheram seus deputados e senadores, que os procurem, para que não votem essa reforma que será prejudicial aos trabalhadores do serviço público”, destacou.
O dirigente lembrou que os servidores públicos já barram uma vez a Reforma Administrativa, como mobilizações e protestos. Henrique ressalta que o Congresso Nacional sempre deixou os trabalhadores com um pé atrás, quando se trata de medidas que visam prejudicar os serviços públicos. “Mas temos conseguido retardar, ou pelo menos reduzir os danos. O papel das centrais sindicais, independente do posicionamento político neste momento, é trabalhar a questão da preservação dos serviços e dos servidores públicos, como um todo”, afirmou
A manifestação reuniu representantes de diferentes entidades sindicais, que defendiam de forma coletiva a retomada do processo democrático no país, com a participação dos trabalhadores nas decisões sobre políticas sociais. O consenso, foi que a PEC 32 impossibilita isso. “Mesmo com Lula na presidência nossa pressão diante deste Congresso Nacional terá que continuar”, ressaltaram os manifestantes.
Henrique Lopes reforçou o fato da PEC 32 ter como propósito transferir os serviços públicos para a iniciativa privada, precarizar as condições de trabalho dos servidores, criar outras carreiras dentro do próprio executivo e, trazer ainda, mais prejuízos para a sociedade, que são os que mais necessitam dos serviços públicos para sua sobrevivência.
A mobilização com o ato simbólico no Dia do Servidor relembrou o desmonte do papel do Estado, iniciado com a Emenda Constitucional nº 95, que congelou direitos e os investimentos em Saúde, Educação, Assistência Social, por 20 anos, citou a Lei da Terceirização, e o fato de que todos os servidores sentiram na pele o que foi a Reforma da Previdência. “Servidores Públicos e trabalhadores da iniciativa privada, com a Reforma Trabalhista, foram atingidos”, alerta o dirigente.
O ato público durou cerca de duas horas e teve participações e manifestações de diferentes sindicatos dos servidores públicos federal, estadual e do município de Cuiabá. Compareceram representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Andes- MT (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), Adufmat (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso), Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso, Sindes-MT (Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais), Une (União Nacional dos Estudantes), (CTB)Central dos Trabalhadores do Brasil, militantes do PT, do PCdoB, entre outros.