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CUT-MT participa do debate nacional do coletivo de Trabalhadores com Deficiência

CUT Brasil delibera retomada dos coletivos estaduais para o resgate e avanço nas políticas para as pessoas com deficiência

Publicado: 21 Agosto, 2024 - 12h27

Escrito por: CUT-MT | Editado por: CUT-MT

Igor Andrade Cotrim
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Após três dias de debates (16, 17 e 18/08), no 7º Encontro do Coletivo Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT – Brasil, realizado em São Paulo, a secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT-MT, Antônia Aparecida Oliveira Aguiar, retorna para o estado com o desafio de fazer um levantamento nos sindicatos de base sobre o quantitativo de trabalhadores e trabalhadoras com deficiências e fomentar o coletivo estadual da pessoa com deficiência.

Conforme Antônia Aguiar, “foi um encontro extremamente importante e de imensuráveis aprendizados. Estamos em um governo que enxerga a pessoa com deficiência, sabe que ela existe e que essa pessoa é prioridade nas políticas públicas”, destacou.

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Antônia Aparecida Oliveira Aguiar, secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT-MT

Segundo a dirigente, são inúmeras as dúvidas e incertezas para essa fatia de trabalhadores e trabalhadoras, e, enquanto dirigente cutista, é fundamental a atenção às diferentes questões deste segmento. A dirigente reafirma a pauta nacional que destaca a urgência em encontrar caminhos para os assuntos essenciais da vida dos trabalhadores e trabalhadoras com deficiência.

Durante os três dias de encontro, o coletivo tratou de pautas como a inclusão de Pessoas com Deficiência (PCD) no mercado de trabalho, as ações para organização e funcionamento dos coletivos nos estados, planejamento de ações para 2025 e a eleição da nova composição do coletivo Nacional para o período 2024-2027.

Igor Andrade CotrimIgor Andrade Cotrim

A secretária Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos, Jandyra Uehara, fez um resgate histórico da ação do coletivo nacional de trabalhadores e trabalhadoras com deficiência, destacando os avanços conquistados entre 2013 e 2015, seguida de estagnação e retrocesso nas políticas nacionais após o golpe político-midiático de 2015. A dirigente pontuou os desafios, entre os quais a valorização das ações nos 27 estados brasileiros, dos quais 12 estiveram representados no 7º Encontro Nacional.

Jandyra Uehara destacou que a luta deve ser coletiva e não é apenas para melhorar a vida das Pessoas com Deficiência, mas para melhorar a cidade, o país. Diante dessa necessidade, convoca todos os estados para retomar os coletivos e resgatar direitos - inclusão, cotas, representatividade, acessibilidade– e impulsionar outros novos.
“Já se passaram 20 anos desde a criação do coletivo, mas o mundo não está melhor. Não está inclusivo, não está melhor para os direitos da classe trabalhadora, tampouco para os trabalhadores e trabalhadoras com deficiência”, destacou.

A dirigente nacional lembrou que o mundo que estamos vendo não é o de bem-estar, e sim, de guerras, de conflitos, que resultarão em mais pessoas sequeladas e sem direitos. O Brasil vive um cenário de disputa, o presidente Lula foi vitorioso, mas que não consegue implementar seu plano de governo. Um Congresso querendo impor um semipresidencialismo, e o Banco Central dominado pelos interesses que não são os da classe trabalhadora.

“Para enfrentar tudo isso, precisamos de organização dos trabalhadores. Não adianta levarmos a cobrança se não tivermos na base sindical uma organização que inclua os direitos, o bem-estar e as questões das pessoas e dos trabalhadores e trabalhadoras com deficiência”, ressaltou.

Igor Andrade CotrimIgor Andrade CotrimParticiparam da atividade, além dos representantes estaduais os coordenadores do Coletivo Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência, Maria Cleide Queiroz e Carlos Maciel; e, as convidadas e convidados: Naria Rodrigues Gaspar, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; Gonzalo Martinez de Vedia, diretor do Solidarity Center; Patrício Sambonino Rivera, representante regional para América Latina e Caribe do Centro de Solidaridade Sindical de Finlândia (SASK).