Dia de luta: Trabalhadores vão às ruas contra a Reforma da Previdência em MT
Também aconteceram manifestações e panfletagens em várias cidades no Estado
Publicado: 23 Março, 2019 - 17h37 | Última modificação: 23 Março, 2019 - 23h33
Escrito por: Silvia Marques
Batucada e boneco presidencial deram um tom bem humorado ao protesto contra a reforma do governo Bolsonaro, marcando o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, convocado pela Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT) e demais Centrais, em Cuiabá, nesta sexta-feira (22.03), na Praça Ipiranga.
A manifestação denominada “esquenta” contou com a participação de centenas de estudantes, professores, bancários, servidores da saúde, das universidades e trabalhadores do campo. Este foi o primeiro passo rumo à Greve Geral para barrar o projeto de Lei 006/2019 (Reforma da Previdência), que acaba com o Sistema de Seguridade Social da classe trabalhadora.
O secretário de comunicação da CUT MT, Robinson Ciréia, na abertura das falas, explicou que os trabalhadores e trabalhadoras de estão ocupando ruas e praças do país contra a proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL). “Esse é o esquenta para a Greve Geral. Só uma Greve Geral da Classe trabalhadora para barrar essa proposta, que se aprovada significa o fim do sistema previdenciário. Uma proposta que restringe o acesso à aposentadoria e reduz o valor do benefício, prejudicando milhões de pessoas, especialmente os que começam a trabalhar mais cedo, e os idosos que vivem em situação de miserabilidade”, explicou o dirigente da CUT MT.
Também aconteceram manifestações e panfletagens ao longo do dia em várias cidades no Estado, como Rondonópolis, Tangará da Serra, Diamantino e entre outras, atingindo cerca 5 mil trabalhadores e trabalhadoras em todo o Estado de Mato Grosso, informou o secretário de comunicação da MT.
Para o presidente da CUT MT e direção do Sindicato dos Bancários, João Luiz Dourado, essa proposta atende aos interesses do capital financeiro. “Essa proposta tem por objetivo atender aos interesses dos banqueiros, que poderão lucrar mais ainda com a venda de planos de aposentadoria privados”, afirmou convocando toda a população para à Greve Geral.
Todo os dirigentes das Centrais Sindicais, dos representantes dos sindicatos, dos movimentos estudantis e movimentos sociais, em suas falas, disseram que o objetivo desse governo é acabar com todos os direitos conquistados pela classe trabalhadora, atendendo aos interesses do mercado financeiro e dos empresários. Todos se posicionaram contra a proposta da reforma da Previdência e afirmaram que já estão convocando as categorias para construírem à greve geral capaz de barrar essa PEC que prejudica amplamente as mulheres, os trabalhadores rurais, os servidores públicos, autônomos e os desempregados, e principalmente acaba com a perspectiva de aposentadoria dos jovens.
Confira outras falas feitas durante o Ato na praça Ipiranga: