Grito dos Excluídos em MT marca protestos contra autoritarismo do governo Bolsonaro
“Hoje é um dia simbólico em que temos que refletir sobre a soberania do nosso país, que está em jogo, já que temos um presidente que incentiva e até financia ataques ao sistema democrático."
Publicado: 08 Setembro, 2021 - 10h55
Escrito por: Assessoria/CUT-MT.
O Dia da Independência, celebrado neste 07 de setembro de 2021, foi marcado pela resistência de movimentos sindicais, com participação ativa da Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso (CUT-MT) e a igreja católica, em protestos contra a fome e a miséria, frutos da desigualdade social promovida pelo atual governo.
Pela manhã, o ato foi em Várzea Grande, onde o presidente da CUT-MT, Henrique Lopes, acompanhou a entrega de cestas básicas à diversas famílias que estão em situação de vulnerabilidade social. “Infelizmente num estado rico como o nosso, temos uma diferença absurda na qualidade de vida entre as classes sociais. Os mais pobres seguem sendo esquecidos por este governo que, durante a pandemia, negligenciou ainda mais a classe trabalhadora e também os desalentados”, disse.
No período da tarde, o protesto ocorreu na capital, com uma passeata que seguiu da Fundação Bradesco até a praça do bairro Jardim Vitória, região periférica de Cuiabá. Com faixas e falas de protesto, os manifestantes enfrentaram o sol de quase 40 graus para exigir dignidade aos trabalhadores e aos mais pobres.
“Hoje é um dia simbólico em que temos que refletir sobre a soberania do nosso país, que está em jogo, já que temos um presidente que incentiva e até financia ataques ao sistema democrático. Temos visto uma população totalmente desamparada, que não consegue acesso aos serviços públicos com qualidade, que enfrenta desemprego e não consegue garantir nem mesmo a alimentação, já que os preços dos produtos alimentícios estão assombrosos. O grito dos excluídos vem com essa proposto de provocar reflexão acerca do Brasil que nós queremos”, disse Henrique.
Realizado historicamente por entidades ligadas à igreja católica, este ano o Grito dos Excluídos da capital mato-grossense foi marcado por ato inter-religioso, político e cultural, e teve como tema “Pelo direito à vida digna, por comida e moradia”.
A proposta do Grito dos Excluídos surgiu em 1994, a partir de um evento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Inspirada pela Campanha da Fraternidade de 1995, que tinha como tema “A fraternidade e os excluídos”, a entidade optou pelo 07 de setembro como data oficial do ato, para fazer um contraponto ao Grito da Independência.
Ainda houve atividades em Rondonópolis, Barra do Garças e Tangará da Serra.
Fonte: Assessoria/CUT-MT.