Mais de 50 mil nas ruas de MT em defesa da educação e da aposentadoria
Estudantes reforçaram o protesto contra o desmonte que o governo Bolsonaro vem promovendo na educação pública.
Publicado: 16 Maio, 2019 - 08h05 | Última modificação: 18 Junho, 2019 - 15h24
Escrito por: Assessoria da CUT e do SINTEP
Mais de 50 mil pessoas ocuparam as ruas e praças de Cuiabá e de várias cidades de Mato Grosso, nesta quarta-feira (15.05), em defesa da Educação e das aposentadorias na Greve Nacional da Educação. Segundo apuração da Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), cerca de dois milhões de pessoas participaram das manifestações contra o corte na verba da Educação e contra a Reforma da Previdência.
Em Cuiabá, mais de 10 mil manifestantes entre professores, funcionários da educação básica e superior, trabalhadores do campo e da cidade, principalmente os estudantes, tomaram o centro da Capital para protestar contra o desmonte que o governo Bolsonaro vem promovendo na educação, saúde e em outras políticas sociais.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT MT), João Luiz Dourado, “um governo que ataca a educação está atacando o futuro do país e somente com a juventude na rua, junto com os trabalhadores, será possível recuperar os rumos do Brasil. Por isso, vamos à luta, vamos fazer a nossa marcha e construir a maior para greve geral da nossa história”, conclamou o presidente da CUT MT, conclamando toda a classe trabalhadora e a juventude de Mato Grosso para a Greve Geral prevista para o dia 14 de junho.
Ataque ao direito constitucional
O secretário de Assuntos Educacionais da Confederação dos Trabalhadores em Educação (CNTE), entidade que convocou a greve em todo o pais, Gilmar Soares, também dirigente do Sintep/MT, esclareceu que a paralisação é uma advertência ao projeto do governo Bolsonaro, que desrespeita a prerrogativa do direito Constitucional da Educação (nos artigos 3º, 212, 213) que trata da educação pública, gratuita, laica e de qualidade, liquidando direitos, inclusive a Previdência. “Ataca dois aspectos que são centrais na vida da população”, disse.
O presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, alertou que a retirada sistêmica de direitos implicará em retrocessos para a classe trabalhadora e para os estudantes. Conforme ele, esse é o momento de dar o recado contra o retrocesso e as tentativas de ataques aos trabalhadores e aos estudantes. “Nossa resposta será nas ruas”, afirmou.
No mesmo tom da revolta coletiva o dirigente do Sintep/MT, Henrique Lopes evocou o artigo 3º da Constituição Federal para destacar o estado democrático de direito. “Parece que aqueles que estão conduzindo o pais esqueceram de ler e pregam o ódio de classes. Não aceitamos a reforma da previdência, e não aceitaremos o corte nos recursos da educação. Conquistamos nossos direitos nas ruas e é nela que vamos garantí-los”, concluiu.
Assessoria da CUT MT com a Assessoria/Sintep-MT