A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas que começou na terça, 25 de julho, em todo país.
A Jornada do Movimento Sem Terra exigindo reforma agrária nas terras dos corruptos continua nesta quinta-feira (27.07) com mais mobilizações e ocupações de latifúndios. Nesta madrugada o Movimento ocupou os trilhos da ferrovia em Rondonópolis, a 210 quilômetros de Cuiabá, capital de Mato Grosso. Cerca de 1000 famílias de todos os estados da região centro-oeste e Distrito Federal estão ocupando a fazenda do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), localizada em Rondonópolis, desde o inicio da Jornada Nacional de Lutas que começou na terça, 25 de julho, em todo país. O governador Pedro Taques ao debater a expansão da ferrovia FERRONORTE (chegando até Lucas do Rio Verde passando por Cuiabá) afirma ser este um sonho antigo dos Mato-grossenses (desde a década de 1970), apenas se esquece que era um sonho voltado para a melhoria da qualidade do transporte das pessoas, e não cortar o estado com ferrovias para gerar mais riquezas apenas ao agronegócio. O ministro Blairo Maggi ao apresentar a perspectiva da licitação da ferrogrão (estimado em 10 bilhões de reais) representa o interesse das principais empresas que fazem negócio com a comercialização de grãos, incluindo a própria AMAGGI, além de CARGIL, ADM e BUNGE e outras. A ferronorte, e a ferrogrão integram uma demanda de 04 ferrovias que ampliara o escoamento da soja produzida no Mato Grosso, o que não significará aumento da arrecadação do estado, pois o setor que será contemplado com esse investimento é o mesmo setor que nos últimos 17 anos recebeu quase 40 bilhões de reais em isenções. Além de que a justificativa do aumento de trabalho não se viabiliza, já que segundo a COSAN em 12000 (doze mil) quilômetros de ferrovia a mesma gera apenas 12000 (dose mil) empregos. Pensando no desenvolvimento do agronegócio o estado fecha os olhos para a diversidade de problemas sociais e ambientais causados pelos transportes ferroviário de carga, como os impactos amplamente denunciado pela articulação justiça nos trilhos, em relação ao trem da vale. Entendendo ser injusta a relação de promiscuidade entre o agronegócio e o estado, onde apenas as obras de infraestrutura com objetivo melhorar o desenvolvimento do agronegócio tem prioridade em investimentos, em detrimento das regiões onde não se consolidou este modelo, e em detrimento aos trabalhadores rurais e do serviço publico que vem tendo sistematicamente seus direito negados, principalmente aos reajustes salariais, e do uso de cargos público seja no executivo ou no legislativo para atuar em benefícios próprio, que o MST ocupa no dia de hoje 27/07 (quinta) os trilhos da ferrovia..