Escrito por: Silvia Marques

Os Movimentos Sociais realizam Plenária e caminhada em descomemoração ao golpe militar

Descomemorar é uma palavra que não existe no vocabulário, mas muito usada nesta quarta-feira, 1º de abril, Cuiabá

O Golpe Militar completou 51 anos no último dia 1º de abril. Portanto, os movimentos sociais realizaram a “DESCOMEMORARAM”. Descomemorar é uma palavra que não existe no vocabulário, mas muito usada nesta quarta-feira, 1º de abril, Cuiabá, pelos movimentos social, sindical e estudantil de Mato Grosso para retratar o que foi o Golpe dos Militares para a história da democracia brasileira. A palavra “DESCOMEMORAÇÃO” foi repetida diversas vezes durante a Plenária “Democracia Sim, Ditatura Nunca Mais” e também durante o Ato Público chamado pela Coordenação dos Movimentos Sociais de Mato Grosso.  

Além da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso, participaram da Plenária as seguintes entidades: Levante Popular; SEEB/MT; SINTUF/MT; SINTEP/MT, MST, UJS UNE. MOVIMENTO LGBT; CTB; FORÚM DE MULHERES;LPJ; ABGLT; ARTICULAÇÃO DE ESQUERDA; DCE; UEE; MNDH; COLETIVO NEGRO; SINTRAE; PET; PT; SINDJOR/MT;  Vereador Arilson da Silva, Assessoria Deputado Ságuas Moraes e uma caravana de  alunos da Escola Estadual Maria Macedo do Bairro Mapim de Várzea Grande que tiveram uma aula diferente sobre o golpe militar e os 21 anos de ditadura no Brasil.

A plenária foi dividida em seis painéis temáticos. O primeiro tema foi exposto pelo representante da CTB, Miranda Muniz, “Do Golpe Militar ao fim da Ditadura. O segundo tema abordado foi a “Educação no período militar” pelo professor Gilmar Soares, secretário de Comunicação do SINTEP/MT, que destacou a pedagogia de Paulo Freire, barrada pelo militares.

Na sequência o jornalista e Dirigente do SINDJOR/MT, Jonas da Silva que falou da Democratização da Comunicação. O quarto tema foi a Reforma Política, exposta pelo secretário de comunicação da CUT/MT, Robinson Cireia. Robinson considera a reforma política a mãe de todas as reformas. Mas, só se fará uma verdadeira reforma política com a convocação de Constituinte  Exclusiva e Soberana, pois o atual Congresso Nacional não representa os interesses da classe trabalhadora.

Em seguida o presidente da CUT/MT, João Dourado fez informes sobre a agenda de mobilização da classe trabalhadora e por último, Gilney Viana, guerrilheiro do Araguaia, médico, ex-deputado federal, ex-estadual  e atual coordenador do projeto Direito à Memória e à Verdade, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República fez memória do 1º de abril. Viana passou 10 anos preso, durante a ditadura militar. Ele lembrou que foi, exatamente, no dia 1º de abril de 1964, em Belo Horizonte (MG) que  foi preso pela primeira vez,  por se oposição ao regime , há 51 anos.

Gilney fez memória do cárcere e das torturas que ele e sua companheira passaram durante o período militar. “Aqueles que pedem o retorno dos militares não sabem o que estão falando. Eles serão os primeiros que irão se ferrar”.  Viana ainda afirmou que o pior do período militar não foi levar choque elétrico ou apanhar no pau de arara, o pior foi ter matado o sonho de democracia da juventude brasileira por mais de 20 anos.

Agenda de Mobilização

O presidente da CUT/MT, João Luiz Dourado, informou as próximas datas que fazem parte da agenda de mobilização dos movimentos sociais e sindical:  

7 de abril-  Dia Nacional de Lutas, com mobilização da militância contra a votação do PL4330 que escancara a terceirização, legaliza a fraude e precariza o trabalho. Será realizado Ato Público, às 10hs, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Os movimentos pretendem ocupar a Câmara dos Deputados em protesto às Medidas Provisórias 664 e 665, que reduzem direitos trabalhistas e previdenciários, e o Projeto de Lei 4.330/04 e que abre caminho para a terceirização de todas as atividades-fim;


1º de Maio - Dia Mundial dos Trabalhadores será palco da maior das três manifestações. A orientação é para participarem dos atos de 1º de maio juntamente com as demais centrais sindicais, entidades do movimento social, estudantil, feminista e da juventude. O lema é a defesa dos direitos e da democracia plena

Caminhada

Com palavras de ordens, logo após as falas, o grupo saiu em caminhada da sede da Adufmat até o viaduto da Fernando Correia próximo à UFMT.  Durante o percurso foi dito a população qual era o significado do protesto.

Confira o vídeo

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Caminhada em descomemoração ao golpe militar dia 1 de Abril em Cuiabá

Posted by CUT MT on Sábado, 4 de abril de 2015