Escrito por: Assessoria/CUT-MT.
“Quando falamos em educação, estamos falando em transformação de vidas, de toda uma geração."
A Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) comemora nesta terça-feira (20), 43 anos de fundação. A instituição foi criada por meio da Lei Complementar nº 30, de 15 de dezembro de 1993. Sua efetivação, no entanto, se deu somente em 20 de julho de 1978, quando a prefeitura de Cáceres publicou o Decreto Municipal nº 190, criando o Instituto de Ensino Superior de Cáceres (IESC), vinculado à Secretaria Municipal de Educação e Assistência Social, com o objetivo de promover o ensino superior e pesquisa.
O IESC passou a funcionar como Entidade Autárquica Municipal em 15 de agosto de 1978, por meio da Lei Municipal nº 704. Em 1984, pelo Decreto Federal nº 89.719, de 30 de maio de 1984, foi autorizado o funcionamento dos cursos ministrados pelo Instituto (Licenciatura Plena em Letras, Licenciatura Curta em Ciências e em Estudos Sociais).
O presidente da Central Única dos Trabalhadores, professor Henrique Lopes, é fruto do processo de formação pelo qual passou na Universidade do Estado de Mato Grosso. Ele é graduado em Ciências Biológicas pela UNEMAT, no campus de Alta Floresta, no extremo norte de Mato Grosso.
“Quando falamos em educação, estamos falando em transformação de vidas, de toda uma geração. O acesso ao conhecimento proporciona essa melhoria na qualidade de vida, em especial, da classe trabalhadora, que pode, a partir daí, se reafirmar enquanto cidadãos que possuem direitos e deveres, e usar desse conhecimento para lutar por melhores condições de trabalho. Eu sou prova disse e tenho muito que agradecer a esta tão valorosa instituição de ensino”, disse Henrique Lopes.
A UNEMAT existe e permanece, graças ao papel importantíssimo desenvolvido por educadores que atuam nela. A criação da universidade é resultado do intenso desejo da comunidade que ansiava por uma instituição de Ensino Superior, capaz de ofertar oportunidade de acesso ao conhecimento à população que vivia em regiões mais distante da capital, Cuiabá.
A Universidade do Estado de Mato Grosso é pioneira na expansão do ensino superior público e gratuito por todo território mato-grossense. Atualmente possui 13 campi (Cáceres, Sinop, Alta Floresta, Alto Araguaia, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Luciara, Barra do Bugres, Colíder, Tangará da Serra, Juara, Diamantino e Nova Mutum), 37 núcleos pedagógicos e polos de Educação à Distância. A Instituição conta com 22 mil acadêmicos. São 60 cursos presenciais e outros 129 cursos ofertados em modalidades diferenciadas.
Para o presidente da CUT-MT, é necessário que os governos invistam em Educação. A UNEMAT atualmente oferta quatro doutorados institucionais, quatro doutorados interinstitucionais (Dinter), três doutorados em rede, 11 mestrados institucionais, um mestrado interinstitucional (Minter) e cinco mestrados profissionais. No entanto, Henrique Lopes destaca os constantes ataques e desmontes ao ensino público promovidos pelo governo Mauro Mendes, a nível estadual e por Bolsonaro, nas federais. “No caso das universidades, nunca vimos antes, um governo com tanta gana em desestruturar nossas instituições. As universidades vêm sofrendo cada vez mais cortes na destinação de recursos e isso tem comprometido a continuidade de diversos projetos, inclusive de pesquisas. Nós, enquanto classe trabalhadora, precisamos nos mobilizar e lutar contra atos políticos que visam sucatear o ensino público, seja na esfera estadual, quanto na federal”, disse.
O sindicalista ainda reforça que a UNEMAT precisa de mais investimentos para seguir formando profissionais com alta capacidade de atuação no mercado de trabalho e com uma visão transformadora para a sociedade. “Eu sou muito grato por ter estudado nessa instituição de ensino. Hoje, comemoramos seus 43 anos e com desejo no coração de que a expansão da universidade de Mato Grosso chegue a mais regiões do estado, oportunizando assim milhares de jovens que precisam ter acesso ao ensino superior”, disse.
Fonte: Assessoria/CUT-MT.