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Perdemos um grande Guerreiro dos Trabalhadores

 João Felício, presente!

Publicado: 19 Março, 2020 - 16h20 | Última modificação: 19 Março, 2020 - 16h50

Escrito por: Silvia Marques

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Morreu nesta madrugada, o Companheiro João Felício, professor, ex-presidente da Apeoesp, da CUT e da Confederação Sindical Internacional (CSI), sendo o primeiro latino-americano a presidir essa, importante, Central Internacional.  

Uma notícia que entristeceu todos que lutam pelos direitos da classe trabalhadora e por um Brasil democrático.

Para a direção da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso, a perda de João Felício é imensurável, em especial para os profissionais da Educação, pois ele sempre foi um aguerrido defensor da Educação Pública, gratuíta e democrática para todos os brasileiros.  

João Felício, deixará um grande legado para a história do movimento sindical no , que servirá de exemplo e inspiração para fortalecer a nossa caminhada e nossa luta por um mundo mais solidário, justo e sem desigualdades.

Nosso profundo sentimento de pesar e de solidariedade aos familiares.  

Cuiabá, 19 de março de 2020

Direção da CUT MT

 

Conheça um pouco da  história de Luta de João Felicio

João Felício tinha 70 anos, ele foi um defensor da causa da Fetraf-Brasil e quando possível estava sempre presente, desde a fundação da organização, nas atividades que envolvia nossas federações. Ele também era ex-presidente da CUT, da APEOESP e da Confederação Sindical Internacional. O companheiro morreu na madrugada desta quinta-feira (19), em São Paulo. O velório ocorrerá a partir das 10h no cemitério do Araçá e seu sepultamento ocorre às 16h no mesmo local.

Formado em Desenho e Plástica, Educação Artística e História da Arte, pela Fundação Educacional de Bauru, Felício começou a lecionar como professor de Desenho em São Paulo, na rede oficial de Ensino Estadual, onde permaneceu até se aposentar.

Sua militância política e sindical iniciou ainda nos anos 1970, em 1977, participando das mobilizações dos professores, na luta por melhores condições de vida e salário, contra a ditadura militar e pela conquista da APEOESP.

Em 1980 foi eleito para o Conselho de Representantes da APEOESP, pela região norte da Capital. Participou da fundação do Partido dos Trabalhadores, como delegado no Congresso de Fundação, no Colégio Sion na capital.

Em 1981 venceu a eleição para Diretoria da APEOESP, como diretor do Departamento Cultural. Neste período foi criada a Comissão de Mulheres e a de Combate ao Racismo da APEOESP, vinculadas a este departamento, e também a organização de atividades culturais entre professores e alunos, além da formulação da concepção de educação e escola pública da APEOESP.

Em 1983 participou do processo que resultou na fundação da CUT e da filiação da APEOESP à Central. Foi reeleito como diretor do Departamento Cultural.

Em 1984 participou da Campanha das Diretas-Já e da greve dos professores durante o Governo Montoro, quando a APEOESP chegou a realizar assembleias com mais de 50 mil professores. Em 1985 foi reeleito como diretor de sub-sedes da capital da APEOESP. Em 1987, eleito presidente da APEOESP e, neste ano, a entidade realizou duas greves, uma em cada semestre.

Participou da luta pôr uma nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional e em 1989 foi reeleito presidente da APEOESP com mais de 80% dos votos. Neste ano ocorreu a mais longa greve da história dos professores do estado de São Paulo (82 dias), resultando numa conquista de 126% de reajuste.

Em 1990 a APEOESP lança a campanha “Educação no Centro das Atenções”. Ele é eleito a primeiro suplente do senador Eduardo Suplicy (PT – São Paulo) e membro do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores. Em 1991 foi reeleito para o terceiro mandato como presidente da APEOESP. Em 1993 deixa a presidência da APEOESP e retorna à sala de aula, na escola estadual de primeiro e segundo graus Dr. Octávio Mendes, no bairro de Santana, na capital. Naquele ano a APEOESP atingiu 122 mil associados, dos quais 70 mil participaram do processo eleitoral, sendo a maior eleição na história da entidade, quando foi eleito a presidente professor Roberto Felício.

Em 1994 foi eleito para Direção Executiva Nacional da CUT, indicado pelos professores do Brasil. Neste mandato, foi responsável pela Comissão de Educação, Formação Profissional e da Previdência e membro do Coletivo Internacional da CUT, para questões relativas a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e Direitos Humanos. Em 1997 foi eleito secretário Geral Nacional da CUT e membro do Diretório Nacional do PT. Em 2000 assumiu a presidência Nacional da CUT.

Em 2003 foi eleito Secretário Geral Nacional da CUT e Secretário Sindical Nacional do PT. Foi membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social indicado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva. Indicado pela CUT como representante da Central, no Conselho de Administração do BNDES. Fez parte ainda, da Direção do Instituto de Cidadania.

Em 2005, retorna à presidência da CUT Nacional, após a saída do Luiz Marinho que assumiu o Ministério do Trabalho. Em 2006 foi eleito pelo 9º CONCUT como secretário de Relações Internacionais da CUT Nacional. Em 2009 reeleito secretário de Relações Int