Protestos pelo Fora Bolsonaro em MT marcam as 500 mil mortes pela Covid-19 no país
Protestos contra o governo de Jair Bolsonaro marcaram o dia em que o Brasil registrou a triste marca de mais de meio milhão de brasileiros e brasileiras que perderam a vida em decorrência do novo coronavírus.
Publicado: 21 Junho, 2021 - 10h04 | Última modificação: 21 Junho, 2021 - 18h39
Escrito por: Assessoria/CUT-MT.
Os protestos contra o governo de Jair Bolsonaro marcaram o dia em que o Brasil registrou a triste marca de mais de meio milhão de brasileiros e brasileiras que perderam a vida em decorrência do novo coronavírus.
As manifestações em Mato Grosso ocorreram de diversas formas e em diferentes municípios neste último sábado (19/06). Em Cuiabá, primeiro um ato simbólico na Praça Ipiranga, região central da capital, lembrou os mais de 11.400 mato-grossenses vitimados pelo vírus.
Representantes de diversos segmentos e entidades sociais participaram dos protestos. Uma carreata com buzinaço também seguiu pelas ruas de Cuiabá em forma de manifestação contra a negligência do governo federal na atuação quanto ao enfrentamento à pandemia. “Hoje é um dia triste para todos nós. O Brasil passou de 500 mil mortos pela Covid-19. São vidas perdidas em função de um governo negacionista, que nega a ciência, nega assistência e nega vacinas. Estudos mostram que de cada 4 mortos pela Covid no Brasil, três poderiam ter sobrevivido se já tivessem sido imunizados, por isso, hoje, protestamos pelo fim desse governo genocida”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso, Henrique Lopes.
As manifestações em Cuiabá seguiram com uma caminhada nas principais avenidas da região central da cidade. Movimentos estudantis também integraram o ato e entre as cobranças feitas em falas de protesto, faixas e cartazes, estava a disponibilização de vacina para todos e todas, a manutenção e valorização do SUS (Sistema Único de Saúde) e a defesa pela escola pública.
“Não suportamos mais esse governo antidemocrático, que não dialoga com a sociedade, que não valoriza a ciência e nem a vida, por isso, gritamos Fora Bolsonaro”, disse o diretor da União Nacional dos Estudantes em Mato Grosso (UNE) Wesley da Mata.
Trabalhadores estão desassistidos pelo governo
A taxa de desemprego no país atingiu recorde de 14,7% no primeiro trimestre de 2021. A taxa tinha sido de 13,9% no quarto trimestre de 2020 e de 12,2% no primeiro trimestre de 2020. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O presidente da CUT-MT, Henrique Lopes, destaca a pífia atuação do governo federal quanto às ações a fim de proteger a classe trabalhadora da contaminação pelo novo coronavírus. Henrique também criticou o auxílio emergencial negado a milhares de trabalhadores que perderam o emprego durante a pandemia. “Temos essas duas situações: a primeira, dos que ainda estão empregados, mas sem qualquer fiscalização por parte do governo quanto às condições sanitárias nesses ambientes laborais para evitar o contágio e segundo, dos que perderam sua fonte de renda, foram demitidos e tiveram o auxílio emergencial negado por Bolsonaro. Os que recebem, também estão em situação complicada, já que, com a alta no preço dos alimentos, pouco dá pra fazer com 150, 200 reais”, destacou Henrique.
De acordo com a direção da CUT nacional, este sábado (19/06), as mobilizações de milhares de brasileiros e brasileiras ocorreram em cerca de 400 cidades em todo o país no movimento “Fora Bolsonaro”.
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Fonte: Assessoria/CUT-MT.