Escrito por: João Luiz Dourado
Exerça o direito democrático de votar, com responsabilidade, conhecimento e consciência de classe!
No próximo domingo, dia 28 de outubro, o povo brasileiro vai às urnas decidir, pelo voto, o futuro do Brasil. Porém, essa é uma eleição marcada por notícias falsas, disparadas através de empresas que financiam de forma ilegal, configurando no famigerado caixa dois, portanto, um crime eleitoral.
Paira sobre o país um sentimento que a democracia está ameaçada pela legitimação do autoritarismo, da censura, da exclusão e pela apologia à violência contra as chamadas minorias (índios, negros, comunidades LGBT e mulheres).
Os direitos trabalhistas fundamentais também estão ameaçados e só o voto democrático poderá impedir um Brasil em que gerar emprego signifique perder todos os direitos, com a criação de uma nova carteira de trabalho, sem as conquistas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), como propostas de diluir a verba do 13º salário em 12 vezes e de extinguir o adicional de férias e outros direitos trabalhistas como o fim dos 180 dias de licença-maternidade.
A Previdência Social também está por um triz. A Reforma da Previdência poderá ser implementada ainda no governo Temer, dependendo do resultado do pleito. O banqueiro Paulo Guedes, economista da candidatura do PSL à presidência da República, defende uma previdência baseada em capitalização privada.
São dois projetos que estão colocados para o país. A proposta de um dos candidatos prevê a privatização de todas as estatais, inclusive Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras. Também querem o fim da saúde, escolas e universidades públicas, gratuitas e de qualidade para todos.
Além da questão das privatizações e do respeito à soberania nacional é preciso ter em mente a defesa dos direitos humanos e da própria democracia que nos permite dialogar com diferentes atores e, mulheres, negros, índios, grupos LGBT, inclusive, ir às urnas.
Então, companheiro(a), são dois projetos completamente diferentes e antagônicos. Um apoia o ódio, o preconceito e a violência. Fortaleceremos o individualismo, o egoísmo e a ganância, promove a desigualdades de renda, de riqueza, raciais e de gênero.
O outro tem compromisso com a classe trabalhadora, já se posicionou favoravelmente à democracia, à paz social e ao desenvolvimento com geração de emprego e renda.
Nós apoiamos o projeto que tem compromisso com o diálogo, com os direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora e com a esperança em dias melhores para todos os brasileiros e brasileiras.
Portanto, no domingo, 28, compareça às urnas. Não anule e não vote em branco. Exerça o direito democrático de votar, com responsabilidade, conhecimento e consciência de classe!
João Luiz Dourado é bancário, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT MT) e direção do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso.